A COP30, que será realizada em Belém (PA), coloca o Brasil no centro do debate sobre o futuro da sustentabilidade global. Um levantamento da KPMG (2024) revela que 93% das 100 maiores empresas brasileiras já publicam relatórios de sustentabilidade e 76% alinham suas metas aos compromissos da COP30.
Com sua biodiversidade única, matriz energética limpa e potencial de inovação verde, o Brasil se destaca como protagonista da transição sustentável e da nova economia de baixo carbono. O desafio agora é transformar o discurso em resultados concretos, com ações mensuráveis, impacto social e transparência.
Economia do carbono azul e os manguezais brasileiros
Os manguezais brasileiros são uma das maiores forças naturais do planeta e um ativo essencial da economia verde. Mesmo cobrindo apenas 0,16% do território nacional, estão presentes em 90% da zona costeira e armazenam até quatro vezes mais CO₂ por hectare do que as florestas terrestres (Rovai et al., 2022).
Pesquisas estimam que esses ecossistemas podem gerar R$ 48,9 bilhões em créditos de carbono, valor que pode chegar a R$ 1,067 trilhão com a regulamentação do mercado.
O projeto CO₂ Manguezal que atua na Baía de Todos os Santos, promovendo educação ambiental, mobilização comunitária e restauração ecológica comprova que soluções baseadas na natureza podem ajudar o Brasil a cumprir mais de 50% dos ODS da ONU, combinando regeneração, inclusão social e prosperidade econômica.
Sustentabilidade com propósito: o papel do Brasil na COP30
Mais do que metas ambientais, a COP30 será sobre liderança e credibilidade.
Iniciativas como o CO₂ Manguezal e a atuação de greenfluencers mostram que comunicar sustentabilidade já não basta, é preciso inspirar confiança e gerar mudanças reais.
O Brasil tem todos os recursos naturais e culturais para liderar essa transformação global, unindo propósito, inovação e execução estratégica.

Publicidade verde sob vigilância: o impacto do ESG
O avanço da pauta ESG também trouxe novos desafios para o marketing. Um levantamento recente identificou que mais da metade dos anúncios sobre transição energética no LinkedIn apresenta sinais de greenwashing, ou seja, práticas de comunicação ambiental sem comprovação real (NetLab UFRJ, 2025).
O greenwashing é uma preocupação crescente na comunicação corporativa, especialmente entre os públicos mais jovens. Pesquisas mostram que 38% dos jovens de 15 a 29 anos preferem se informar sobre sustentabilidade nas redes sociais, principalmente pelo Instagram. Nesse contexto, surgem os greenfluencers, influenciadores que usam suas plataformas para traduzir pautas ambientais, educar o público e cobrar coerência das marcas.
O novo mapa da sustentabilidade no Brasil
Cultura verde e influência digital: a pauta ambiental ganhou força nas redes sociais e passou a fazer parte da rotina do público jovem. Greenfluencers conectam marcas e consumidores, tornando a sustentabilidade mais próxima e engajadora (ICL Notícias, 2025). A COP30 reforça esse movimento ao mostrar que mudança climática também depende de educação e mobilização digital.
Economia regenerativa: o carbono azul é um dos grandes destaques da economia verde brasileira. Os manguezais armazenam até quatro vezes mais CO₂ por hectare do que as florestas terrestres e podem movimentar R$ 1 trilhão com a regulamentação do mercado (Rovai et al., 2022). O Brasil tem potencial para transformar conservação ambiental em valor econômico real.
ODS em ação: apenas 14% das empresas destacam metas claras de ODS em seus relatórios (CEBDS, 2024). O desafio é sair do discurso e integrar os objetivos de desenvolvimento sustentável às estratégias de negócio, mostrando resultados tangíveis um dos temas centrais da COP30.
Publicidade sustentável: o avanço do ESG trouxe mais vigilância sobre o discurso verde. Quase metade das campanhas sobre transição energética no LinkedIn apresenta sinais de greenwashing, segundo o NetLab UFRJ (2025). O consumidor atual exige coerência, transparência e ações comprovadas.
Liderança transformadora: sediada em Belém, a COP30 simboliza o protagonismo brasileiro na agenda climática internacional. O país combina biodiversidade, inovação e capital humano para liderar uma nova fase de crescimento sustentável e regenerativo.
O futuro é regenerativo
A sustentabilidade brasileira está pronta para ir além do discurso. O verde agora é agir, regenerar, transformar.
O futuro das marcas será definido por quem unir propósito, verdade e consistência dentro e fora dos relatórios.
Na 3mais, acreditamos que entender o papel do Brasil na COP30 e na economia verde é essencial para construir marcas com impacto real e relevância cultural.
Quer saber como aplicar essas transformações à sua marca?
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Fontes e referências
KPMG (2024) – Relatório de Sustentabilidade e Transparência Empresarial
CEBDS – Reporting Matters (2024)
Rovai et al. (2022); Jornal da USP (2022); CAZUL – Oceano sem Mistérios (2024)
CO₂ Manguezal (2025); Diário do Turismo (2025)
NetLab UFRJ (2025); Câmara dos Deputados (2025); ICL Notícias (2025)

