O Brasil se consolidou como um verdadeiro laboratório para plataformas como TikTok, Instagram e Spotify.
E não é por acaso. O país ocupa o top 3 mundial em tempo de uso da internet, especialmente em redes sociais. Mas não somos meros receptores. Nós, brasileiros, gostamos de criar e sabemos fazer isso muito bem com humor, emoção, naturalidade e improvisação.
Essa criatividade transformou o país em referência: o que viraliza aqui, tem um potencial grande de viralizar lá fora Nosso comportamento nas redes sociais é mais do que meros dados, é um prato cheio para quem quer inovação e autenticidade. O Brasil não está só no centro geográfico, está no centro estratégico da cultura digital.
O potencial criativo que sempre existiu (mas agora é reconhecido)
Não se trata de um fenômeno novo, mas de uma virada de chave na forma como o mundo percebe o Brasil. A potência criativa sempre esteve aqui nas gírias, nas festas, no “jeitinho brasileiro”, na resiliência transformada em estética. O que muda é que encontramos uma janela acessível para qualquer pessoa que queira divulgar seu conteúdo. O cotidiano brasileiro invadiu a gringa! E as marcas que entenderem isso vão sair na frente.
Enquanto algumas continuam reproduzindo fórmulas importadas, outras já estão explorando narrativas e estéticas enraizadas no cotidiano local. Isso gera mais identificação, mais engajamento e mais ROI. Afinal, como apontamos no relatório, o conteúdo que viraliza lá fora começa, muitas vezes, nas calçadas brasileiras.
Os dados são a prova desse fenômeno
Para quem gosta de gráficos e dados, esse é o relatório certo para a leitura! A partir de um mapeamento nas redes sociais TikTok e Youtube, conseguimos identificar quais os conteúdos sobre Brasil que andam viralizando na gringa e o crescimento desses conteúdos ao longo do tempo.
Neste texto, trouxemos um pequeno spoiler (como pode ser visto abaixo) que mostra a ascensão do Funk e da própria Estética Brasileira no TikTok. Como esses conteúdos são apresentados em vídeos curtos? Através da dança, do cotidiano brasileiro, do brasilcore, da apresentação da cultura das cidades e de tantos outros detalhes.
Quem é essa menina de vermelho? Um exemplo para entender.
Um grande exemplo que tivemos recentemente foi a explosão do funk “Menina de Vermelho” no exterior, música lançada pelo MC Menor JP, em outubro de 2024. Seus vídeos cantando a música nas ruas viralizaram pelo TikTok, gerando vídeos de humor sobre o artista e criando oportunidades de parceria.
O sucesso foi tão grande, que poucas semanas depois o cantor foi convidado a passar pelos principais clubes da Europa, como Borussia Dortmund (Alemanha) e Paris Saint-Germain (França). E claro, durante as viagens também colaborou com criadores de fora, como MrBeast, Akamz, Andre Schnura, entre outros. O perfil do cantor, no TikTok, já coleciona 2,4+ milhões de seguidores e mais de 30 milhões de likes (números até o lançamento do Jaé #11 – O Brasil no Centro).
O risco de parecer genérico no centro do mundo
O paradoxo é que, mesmo com todo esse protagonismo, muitas marcas brasileiras ainda parecem desconectadas da própria cultura. A busca por “campanhas universais” esvazia a autenticidade e perde relevância em um cenário em que o local virou global. A marca que ignora o contexto cultural em que está inserida corre o risco de se tornar irrelevante, mesmo com verba alta e mídia boa.
O Brasil está no centro do palco criativo global. E isso muda tudo. Para as marcas, é hora de sair da posição de espectador e assumir o papel de protagonista. Isso passa por valorizar o que é nosso, entender os códigos da cultura local e apostar em uma comunicação viva, atual e contextualizada.
Quer transformar a cultura brasileira em diferencial estratégico para sua marca? Converse com a gente!
